As transformações sociais se processam cada vez mais rápidas e consequentemente as mudanças se fazem necessárias e urgentes. Hoje não se pode mais pensar em ensinar como se ensinava antigamente. O professor não pode mais ser um passador de conteúdos, transferidor de conhecimento e detentor de todo saber. Ele precisa sim planejar sua aula , direcionar a um propósito para não perder o foco e nem se perder no meio do caminho, mas precisa estar atento quanto a sua forma de ensinar, as expectativas em relação ao seu conteúdo e em relação aos alunos, se os meios utilizados estão atingindo a todos, pois o que pode ser interessante a ele pode não ser aos seus alunos, precisando as vezes se colocar no papel inverso, no de aluno.
Uma forma de sondar isso é promover o diálogo em sala de aula, mas tomando cuidado para que esse diálogo não fuja do contexto e se direcione para uma conversa qualquer que não seja o propósito da aula.
Mas somente estar aberto ao diálogo não basta, é necessário saber conduzir os alunos a questionarem, opinarem e argumentarem, porque se eles fazem perguntas temos um a discussão, e se não fazem? seguimos nossa aula normal?. Precisamos nos desafiar em ajudar o aluno a conquistar sua libertação, aguçar sua curiosidade e promover a dúvida, pois é ela que empurra o aluno para além do que ele já conhece e permite buscar e conhecer um mundo novo, ou seja, novos problemas, novos desafios.
Quando se promove condições para que os alunos exercitam o diálogo, com o passar do tempo eles vão ganhando autonomia e desejo pela discussão, e nesse sentido o professor vai mudando também sua prática pedagógica, organizando e reorganizando seus métodos e conceitos de ensino e aprendizagem, atuando mais como mediador, desafiador e promotor da aprendizagem que se desenvolve na interação do aluno com o conhecimento em construção. | |
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